Em Terra Roxa, Justiça atende pedido do MPPR e determina afastamento da função de coveiro denunciado por corrupção e vilipêndio de cadáver

 Em Terra Roxa, Justiça atende pedido do MPPR e determina afastamento da função de coveiro denunciado por corrupção e vilipêndio de cadáver

Cemitério Municipal de Terra Roxa – PR

O Promotor de Justiça Bernardo Marino Carvalho comenta o caso

Atendendo pedido formulado pelo Ministério Público do Paraná, por meio da Promotoria de Justiça de Terra Roxa, no Oeste do estado, a Justiça determinou que um coveiro do Cemitério Municipal seja afastado provisoriamente da função. Ele e o filho foram denunciados pelo MPPR pelos crimes de corrupção passiva e vilipêndio de cadáver. Ambos também foram proibidos de se aproximar do cemitério e de algumas pessoas (vítimas de pedidos de vantagens indevidas e funcionários de uma funerária que presta serviços ao Cemitério Municipal).

Conforme a denúncia, pai e filho teriam solicitado, para pelo menos duas pessoas, pagamento extra para realizar serviços que o coveiro deveria fazer como parte de sua função (exumação de cadáveres). Além disso, teriam, em diferentes ocasiões, vilipendiado cadáveres durante o sepultamento, tratando-os com desdém e desrespeito e proferindo palavras de desprezo aos falecidos.

Relata o MPPR na denúncia que o filho do coveiro, mesmo não sendo funcionário público, prestava serviços no cemitério com o pai, cobrando os serviços da população, tanto diretamente quanto por meio do pai, que se aproveitava assim do cargo público, por estar sempre em contato com as pessoas que o procuravam para realizar os serviços que ele prestava nessa condição. Assim, os denunciados teriam se aproveitado da situação para obtenção de vantagens indevidas.

Recentemente, houve a terceirização dos serviços prestados no Cemitério Municipal, e os denunciados teriam passado a dificultar o trabalho da funerária contratada pelo Município, abordando familiares dos falecidos para oferecer serviços no cemitério e pedindo a compra de materiais para sua execução. Além disso, teriam passado a ofender os funcionários da empresa.

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