Gaeco cumpre 14 mandados de busca em seis cidades do Paraná. Organização criminosa
No Norte-Central do estado, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná, cumpre nesta sexta-feira, 20 de novembro, 14 mandados de busca e apreensão em investigação de possível organização criminosa voltada para lavagem de capital e fraudes. Denominada Operação Enxágue, a ação dá continuidade a investigação iniciada em março do ano de 2019 pela Polícia Civil do Paraná, a pedido do MPPR, para apurar a exploração do jogo do bicho em Arapongas, bem como eventual lavagem de dinheiro proveniente da contravenção.
Os mandados, expedidos pela 1ª Vara Criminal de Arapongas, são cumpridos em endereços de Arapongas, Londrina, Ibiporã, Rolândia, Maringá e Jandaia do Sul. As Polícias Civil e Militar participam das buscas, que têm como principais alvos contadores, escritórios de contabilidade e “laranjas” do esquema de lavagem de dinheiro. As buscas objetivam a apreensão de celulares, equipamentos de informática, dinheiro em espécie e documentos contábeis que demonstrem a materialidade e a autoria dos crimes investigados.
Lavagem de capital – Com base nas investigações iniciais, o Gaeco e a Polícia Civil já haviam cumprido, em 18 de setembro, cinco mandados de busca e apreensão contra o presidente da Câmara de Vereadores de Arapongas, além de outros alvos relacionados à prática do jogo do bicho. As buscas resultaram na apreensão de mais de R$ 500 mil em espécie, veículos de luxo e outros elementos de prova do crime de lavagem de capital.
A partir da análise do material apreendido, a operação desta sexta-feira focaliza especialmente a possível ocultação de pelo menos R$ 3 milhões de origem ilícita por meio de emissão de notas frias de venda de sementes de capim. O produto sido supostamente comercializado para empresas de fachada vinculadas a uma possível organização criminosa de lavagem de dinheiro e fraudes econômicas e tributárias, que se valeria de contadores e dezenas de estabelecimentos que têm “laranjas” e até mesmo pessoa morta ou inimputável como sócios. A quantia ocultada teria origem em diversos crimes que acarretaram prejuízo para instituições financeiras particulares e para o Estado.
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