PM de Manoel Ribas acerta um tiro em um homem agressivo que ameaçou os policiais de morte após várias tentativas de abordagem

Na segunda-feira, dia 27 de dezembro de 2021, por volta das 16h52min, uma mulher de 42 anos, entrou em contato via telefone móvel da viatura policial de Manoel Ribas, relatando que teria recebido uma ligação de um mulher de 48 anos, que por sua vez é cuidadora de uma senhora idosa de 89 anos, solicitando para que ela ligasse para Polícia, visto que o filho da senhora de 89 anos, que também reside ao lado da casa, teria adentrado a residência gritando e proferindo xingamentos contra seus familiares, estando este bastante exaltado e alterado e, que a todo momento se jogava por cima da sua mãe que devido a problemas de saúde e idade avançada, estaria deitada na cama. Ainda o mesmo teria quebrado alguns móveis da casa.

A solicitante relatou ainda que essa pessoa seria um homem de 47 anos, e que ele teria uma arma de fogo sob sua posse.

Diante dos fatos relatados, a equipe policial prontamente deslocou até o final da Rua Sete de Setembro e, ao se aproximar ao endereço informado pela solicitante, foi possível visualizar um homem, trajando um calção azul e estando descalço e segurando uma camisa azul enrolada na mão, aparentando estar discutindo com uma senhora em frente à casa aonde teria ocorrido o chamado policial, e que ao perceber a presença da viatura policial, este individuo começou a correr descendo a rua, momento em que um dos integrantes da equipe deu voz de abordagem, solicitando para que virasse de costas para a equipe policial e colocasse aos mãos para cima, não sendo tal ordem acatada por ele, confirmando ser de fato o filho da senhora de 47 anos , o qual falou em seguida para a equipe que jamais acataria uma ordem da polícia.

Neste momento correndo e pulando o muro da casa, qual aparentemente seria sua, foi então que um dos policias acompanhou o indivíduo pulando também o muro da casa e indo em sua direção para efetuar a abordagem, e o outro integrante da equipe adentrou na residência por um dos portões que estaria aberto, sendo que o mesmo correu para os fundos da sua casa, se encostando na parede com suas mãos para trás, alegando que “para retira-lo dali somente morto, ou somente se algum policial partisse para cima dele, porém, se o viesse, o mataria, pois ele não se entregaria porque seria homem e não abaixaria a cabeça pra ninguém”.

Foi quando um dos integrantes da equipe policial utilizou o spray de pimenta em direção dos olhos do autor, devido ao porte físico do mesmo, visando causar seu atordoamento para efetuar uma aproximação mais segura para a abordagem policial, não causando efeito algum ao indivíduo, nem mesmo o fechamento dos olhos durante a aplicação, o qual apenas sorriu e continuou extremamente agressivo e exaltado, com sintomas de ingestão de psicoativos, e que a todo momento relatava que só se entregaria morto, ou que mataria um dos policias, saindo correndo dos fundos da sua casa para uma janela que daria acesso a cozinha e lavanderia da residência, pulando a janela, alegando que pegaria uma faca para ser morto pelos policias.

Ainda foi tentado novamente verbalizar com ele, sendo que sua esposa e filhas estavam ao lado do mesmo, e relatavam a equipe que o mesmo teria ficado ingerindo bebida alcoólica a tarde toda, antes de ir até a casa de sua mãe.

Consta que a equipe verbalizando com ele, pedia que o mesmo se acalmasse, sendo que não acatou e correu para dentro da residência, dizendo” vou pegar a minha para me defender também”, sendo acompanhado pela equipe que a todo momento emanava ordens para que ele ficasse parado, não acatando-as novamente, e passando por suas filhas e sua esposa, correu em direção a escada da casa, saindo do primeiro andar e correndo escada acima, ganhando acesso ao segundo andar da residência, parando em frente a escada, desafiando os policiais militares, se subissem iriam morrer, pois segundo ele iria pegar sua arma e atirar contra os policiais.

Foi neste momento em que novamente foi efetuado a aproximação a ele, porém, devido ao difícil acesso, e ele ter controle sobre o local da escada, não se conseguiu conte-lo, qual a todo instante proferia ameaças de morte contra a equipe policial, alegando que já teria se envolvido em outra situação envolvendo a polícia militar da cidade de Ivaiporã e, de que não sairia de sua casa preso, somente morto, ou que se algum policial subisse mais um degrau da escada correria pegar uma arma para mata-lo.

Em ato contínuo, após a equipe tentar novamente a aproximação do autor, este correu em direção de seu quarto, gritando ‘’agora vocês vão morrer, agora que mato vocês’’, foi neste instante que um dos integrantes da equipe policial efetuou um disparo de arma de fogo em direção ao chão do corredor, visando coagir o autor para que este parasse, e que mesmo após o disparo, o homem correu para o closet do quarto, colocando suas mãos dentre as roupas da estante, sendo efetuado mais um disparo na região das pernas do autor, visando resguardar a integridade física da equipe, pois não se sabia ao certo o que ele iria pegar naquele local, tendo levado em conta as diversas ameaças que o autor fez contra os policias e, a existente notícia de que ele possuía uma arma de fogo.

Após o disparo efetuado que veio a atingir a perna direita do mesmo, na altura da coxa, este deitou ao chão, sendo necessário realizar o algemamento, visto que mesmo após receber o tiro, ainda continuava agressivo, tentando partir contra a equipe policial, dificultando o seu atendimento médico e, que após isso, foi aplicado por um dos integrantes da equipe o torniquete, conforme instruções de atendimento pré-hospitalar em combate, parando o sangramento massivo e possibilitando a preservação de sua vida até a chegada do SAMU, a qual chegou no local alguns minutos depois, equipe dos SAMU de Ivaiporã, se fazendo presente também uma equipe de Defesa Civil de Manoel Ribas, que tentaram por diversas vezes efetuar os demais atendimentos médicos no referido homem de 47 anos, que ainda continuava agressivo, se negando em ser atendido, se debatendo no chão, tentando retirar o torniquete de sua perna, alegando que queria morrer ao invés de conviver com os seus familiares, que segundo ele, estariam tentando lhe derrubar, devido a motivos de uma possível herança.

O mesmo ainda proferia ameaças a equipe policial, dizendo que essa situação não ficaria assim, e que ele acertaria as contas.

Consta que após vários minutos, o mesmo precisou ser devidamente sedado pela equipe do SAMU, para receber atendimento, sendo o mesmo encaminhado até a ambulância, sendo conduzindo até a cidade de Ivaiporã, para realizar os demais procedimentos médicos.

Diante dos fatos, a equipe arrolou as testemunhas do local, bem como verificou no sistema policial sesp/ intranet de que o autor já possuía um boletim de ocorrência de disparo de arma de fogo, onde foi constatado que o mesmo fez disparos de arma de fogo com uma pistola .380 e, que naquela data, a arma não foi localizada.

Ainda cabe ressaltar, que no local, nesta data, foram efetuadas buscas, porém, não foi localizada a arma de fogo.